segunda-feira, 6 de outubro de 2008

O mundo de Rafinha

O mundo sempre está passando por mudança. Novas tecnologias inovadoras são criadas e lançadas no mercado, e ainda haverão muitas mais do que já existem. Porém, isso gera problemas. Com elas tambem pode-se encontrar um meio de desenvolver tecnologias que nao gerem problemas, por exemplo, ao meio ambiente. A tecnologia facilita (e muito) a vida das pessoas, sendo quase impossível viver sem nenhum tipo dessas ecnologias. O desenvolvimento de novas tecnologias deve ser acompanhado de uma evolução sistemática de suas possibilidades (pois nem todas são aproveitadas), pois o resultado dessas tecnologia dependem da forma como as quais sao aplicadas.

terça-feira, 9 de setembro de 2008

Entrevista com Izolde, ex-aluna da Escola Alemã

RS : Entrevistador

Realizada dia 7 de abril de 1998, com Izolde.

RS – A religião de vocês...
I – Era protestante, luterana, e depois quando eu casei, eu virei pro católico.
RS – Descendente de alemães?
I – Não, meu pai era descendente de suíços, e minha mãe era de alemães.
RS – A Sra. nasceu em Curitiba?
I – É. {...}
RS – Como a Sra. ia para o colégio?
I – A pé.
RS – Quantos irmãos a Sra. teve?
I – Dois.
RS – Eles também estudaram no colégio?
I – Também.
RS – Em casa, usavam o alemão?
I – O alemão. Só até mocinha, depois meu marido não falava alemão.
RS – A Sra. ensinou a língua alemã para seus filhos?
I – Não. É que meu marido não falava o alemão e eu achava ruim eu falando alemão e ele
não entender. Com minha mãe, sozinha, eu falava. {...}
RS – Quais foram os colégios que a Sra. estudou?
I – Eu só estudei nesse. Primeiro era Escola Alemã. Depois quando passou pra ginásio daí
ficou Colégio Progresso, depois da guerra né, durante a guerra.
RS – Em que período a Sra. estudou?
I – Eu entrei com ... 7 anos,... deixa eu ver... é, 7 anos, fiz 8 anos de primário, depois passei
pro ginásio, mais 4 anos.
RS – Tinha exame de Admissão?
I – Não, passava direto. Eu fiz 8 anos primário, né, e o ginásio, eram 4 na época, mas esses
4 anos não contava, comecei desde o comecinho, primeiro ano do ginásio.
RS – Então vamos recapitular. A Sra. fez Jardim de Infância?
I – Eu fazia na igreja, na Trajano Reis, que agora é o Colégio Martinus.
RS – Certo. Aí a Sra. saiu de lá e foi pra Escola Alemã.
I - Sim.
RS - Aí a Sra. fez quantos anos? se chamava primário?
I – 8... Não sei. Porque era tudo em alemão, né...
RS – E a Sra. fez 8 anos então, e depois?
I – Depois passei pro ginásio e fiz mais 4 anos.
RS – E esse ginásio era à tarde?
I – Era à tarde, é, era à tarde. Mas depois que acabou, vamos dizer, acabou bem dizer a
Escola Alemã, daí já era o ginásio Progresso né mas...
RS – Mas ela acabou quando?
I - Acho que foi depois da guerra... ou pelo menos durante...
RS – E a Sra. lembra, depois da guerra, daquele prédio... ele havia sido fechado... ou não?
I – Não, acho que não. Porque já era Colégio Progresso, já era... Porque no primário a gente
só estudava em alemão, só tínhamos uma aula em português, que era o Português mesmo,mas depois que passou pra Colégio Progresso, aí nós tínhamos tudo em português. Daí
ficou Colégio Progresso...
RS – Tá, o que eu quero que a Sra. me ajude é: se fechada essa Escola Alemã, que
funcionava no período da manhã, esse ginásio, que chamam «ginásio do professor
Moreira», ou então «ginásio do colégio Progresso», ele continuou existindo, só ele, sem a
Escola Alemã, ali, naquele local?
I – Só ele, ali naquele local. {...} Porque eu quando eu saí da escola, ele ainda estava ali na
pç. 19 de Dezembro. Daí depois quando ele mudou... bem daí eu já tinha saído...
RS – A Sra. lembra qual o período em que estudou lá?
I – É só fazer as contas... entrei com 7 anos, nasci em 24, ... 24 com 7... 31. Então entrei em
31 na Escola Alemã. Fiz os 8 anos... 39. Depois mais 4 de ginásio.
RS – {...} Esses 4 de ginásio... 39 mais 4, dá 43... A Sra. fez esse ginásio exatamente
durante a guerra, não teve interrupção nenhuma?
I – Não, fiz normalmente.
RS – Bem, então vamos continuar... como a Sra. ia para o colégio?
I – Ia a pé.
RS – Lembra se tinha mensalidade, se era pago?
I – Era pago.
RS – A Sra. se lembra se algum dia seu pai comentou sobre o pagamento, se era caro ou
barato, ou algo assim?
I – Não, isso ele nunca comentou. Porque outras alunas lá, vamos dizer que não pudessem
pagar, eles faziam abatimento né. Ou então se tivessem mais alunas, irmãs que
estudassem juntas... aí eles faziam desconto.
RS – Dos professores, a Sra. lembra de algum?
I – Tinha o prof. Scheil que era o diretor, da Escola Alemã. Tinha o prof. Stölzer... Stöl ...não
sei como é que é, esse dava aula de ... acho que era de Ciências...
RS – Como se escreve o nome dele?
I – S-T-O... Com o "o" com os pontinhos... Tinha o Schreiber... o Staude, a Rieckes, essa
era a professora de trabalhos, bordado, tricô... mais bordados. O Wolff era ...acho que de
Matemática se não me engano. O Schlechter, a Florentina Macedo de... de Português acho.
RS – Tem alguma história de professores pra contar, que ficou na memória?
I – Não, acho que não...
RS – Dos colegas, a Sra. lembra de alguém?
I – Lembro...
RS – Ao longo do tempo, a Sra. fez reuniões com esses colegas, encontrou alguém...
I – Não (...) saí do colégio.
RS – Eu participei de um jantar dos ex-alunos, nestes a Sra. nunca foi?
I – Ah, eu fui no primeiro. Há quantos anos... que eles fizeram... {...} Algumas colegas eu
ainda lembro o nome.
RS – Quem sabe a Sra. um dia coloque no papel os nomes delas pra me dar... seria
interessante.
I – Tem umas que já morreram...
RS – Na Escola Alemã, se lembra de colegas não alemães?
I – Só me lembro de uma, até era uma pretinha. O nome dela era Joana.
RS – E ela aprendeu a falar alemão?
I – Ela não ficou muito tempo.
RS – A Sra. se lembra se... quem sabe era adotiva, ou algo assim?
I – Não. Não. Não era adotiva.
RS – E no ginásio, daí tinha mais alunos não alemães?
I – A maior parte eram alemães. Porque todos quase, eles foram da escola e passaram
pro... pro Progresso. Muitos saíram, mas muitos ficaram pra fazer o ginásio.
RS - Quer dizer que, pelo que a Sra. me conta, é como se tivesse feito duas vezes o
ginásio?
I – Isso mesmo.
RS – Por que, não tinha validade o [ginásio] da Escola Alemã?
I – Os 4 anos que eu fiz extra, não.
RS – O governo não reconhecia?
I – Eu não sei porque naquele tempo o ginásio era 4 anos e tava acabado, né. E como eu já
tinha feito ... pra mim foi fácil de fazer, porque as matérias eram boas. A Escola Alemã foi
ótima pra mim. A base foi de lá. Muito boa.
RS – Como era a merenda?
I – A gente levava a merenda. Pão com manteiga, broa com banha, às vezes uma fruta...
fruta geralmente, não muito.
RS – E pra tomar?
I – Pra tomar, nada.
RS – Como era levado esse lanche, não tinha lancheira...
I – Tinha, uma lancheirinha sim [risos]
RS – Do edifício do colégio, o que a sra mais lembra?
I - ... Como é que vou dizer... tinha as escadas...que subiam pro primeiro andar, depois tinha
mais uma escada lá pra cima que morava o zelador...
RS – Nesse sótão, o que a Sra. lembra que tinha lá em cima?
I – Lá em cima não podíamos entrar. Lá era só do zelador e não era permitido subir.
RS – Havia alguma coisa que pudesse ser chamado de uniforme?
I – Nós não tínhamos uniforme.
RS – Nem nesse colégio, o do professor Moreira, nem um de cor cáqui?
I – Tinha a juventude hitlerista, né... eu não tive. [risos]
RS – Eu me refiro a um uniforme que era utilizado nos desfiles ...
I – Não, isso eu não me lembro.
RS – Quantas salas tinham no prédio?
I – Tinha 4 embaixo, 4 em cima...
RS – Tinha um sino para dar o sinal?
I – Era um sino.
RS – Tinha aula de Música?
I – Tinha, com o Staude e depois mais tarde com o prof. (...), era um italiano. Mas acho que
não era na Alemã, era no ginásio... Ele dava aula de canto, mostrava as notas...
RS – Tinha piano?
I – Tinha.
RS – Dentro do colégio?
I – Dentro do colégio.
RS – Em que local?
I – Acho que era numa sala...
RS – Então tinha uma sala só de música?
I - ... mas no primário acho que nós não tínhamos... com o Staude... eu não me lembro se
ele era professor de Música...
RS – Com violino?
I – Eu não me lembro.
RS – Nem que batia com o arco do violino?
I – Ah... ele batia com uma regüinha... na mão...
RS – Mas ele era professor de Música da Escola Alemã?
I – Eu não lembro de muuiiita coisa!
RS – E o recreio, como era?
I – A gente brincava! De pular corda, de conversar... era mais pular corda...
RS – Como eram as salas de aula, janelas, imagine-se lá dentro e me conte...
I - .... Bem, as carteiras eram comuns, as janelas tinham aqueles é... as cortinas, que mais...
até me lembro que eu quebrei uma vez uma vidraça...
RS – E daí?
I – Tinha de pagar! Porque tinha aqueles pauzinhos, pra cortina ficar... abaixada, e eu fui
fechar a janela e... [risos] não reparei no pauzinho... e quebrou o vidro, mas daí tinha de
pagar. Tinha que ir lá na diretoria, ... era muita disciplina, né... mas era bom...
RS – Meninos sentavam com meninas?
I – As meninas eram separadas, no primário. E no ginásio não.
RS – O recreio era separado na Escola Alemã?
I – Era separado.
RS – E no ginásio do Colégio Progresso?
I – Acho que também era separado.
RS – As portas eram de madeira?
I – De madeira.
RS – Tinha algum vidro, alguma janelinha na porta?
I – Não.
RS – Aula de Religião, a Sra. tinha?
I – Aula de Religião... não, acho que não.
RS – Aula aos sábados?
I – Tinha.
RS – No mesmo horário?
I – É.
RS – E quando a Sra. estava no ginásio do Progresso, tinha aula sábado?
I - ... Aí eu também não posso te dizer, mas eu acho que tinha.
RS – Hora de entrada e de saída...
I – A gente entrava às 8 horas e saía... acho que meio-dia.
RS – Quando a Sra. entrava, a Sra. fazia fila pra entrar?
I – A gente fazia fila.
RS – Alguém ficava olhando?
I – Ficava, os professores ficavam olhando.
RS – A Sra. se lembra de alguma comemoração que tivesse nesse pátio, na entrada...
I – Não.
RS – Tinha Educação Física?
I – Não.
RS – Nem no ginásio?
I – Acho que não. A gente... a gente fazia teatro.
RS – Quando?
I – No... no primário.
RS – Pra quem?
I – Pros pais né... os pais iam... cada fim de ano... né, eles faziam um teatro.
RS – Todas as séries?
I - Todas as séries.
RS – E onde ensaiava?
I – No Concórdia.
RS – Qual o horário das aulas de trabalhos manuais?
I – No mesmo horário da aula.
RS – Recapitulando: todas as aulas eram em alemão, menos o português e quando foi para
o ginásio do Progresso, tudo era em português e não tinha alemão, correto?
I - Sim.
RS - E tinha Inglês?
I – Tinha.
RS – Das provas, a Sra. se lembra de alguma coisa?
I – Eu acho que era uma por mês...
RS – Dos castigos, o que a Sra. se lembra?
I – Não me lembro de castigo [risos]
RS – Nem de um colega seu?
I – Não...
RS – Não tinha palmatória?
I – Palmatória tinha para os meninos. Eu sei que o Staude puxava aqui [mostrando as
têmporas] dos meninos, o cabelinho aqui. Mas só dos meninos.
RS – Se lembra de algum prêmio?
I – Não.
RS – Tinha alguma comemoração cívica?
I – Acho que antes de entrar pra escola a gente cantava, isso no ginásio...
RS – A sra se lembra de algo que queira contar e eu não tenha perguntado?
I – ...pera aí.... No ginásio a gente fazia comemoração do dia sete de Setembro, isso eu me
lembro agora. Mas eram comemorações pequenas.
RS – Tinha algum desfile na rua ?
I – Tinha. Pro ginásio nós desfilávamos na rua, era 4 de setembro, 7 de setembro, 15 de
novembro, qualquer feriadinho a gente tinha que desfilar.
RS – E pra esses desfiles, ia com que roupa?
I – Ia com saia azul-marinho e blusa branca. Com chuva ou sem chuva, a gente saía.
RS – E nos 8 anos que a Sra. esteve na Escola Alemã, não tinha desfile?
I – Não. Na rua não.
RS – A Sra. se lembra de ter ido fazer Educação Física, ou um passeio fora da escola?
I – Ah sim, fazia piquenique! Lá na... chácara do Schaffer, onde é o canal 4 agora, naquela
zona lá. Os pequenininhos iam num caminho mais curto e os maiores num... era toda a
escola daí. Daí os mais velhos iam por um caminho mais longo, andar.
RS – E vocês saíam a pé?
I – É, a pé.
RS – E o que levavam pra comer?
I – Merenda, né. Lá a gente ganhava laranja... Levava mais sanduíche, essas coisas.
RS – Iam professores, pais e alunos?
I – Não, os pais não iam, só os professores. E os alunos. Depois tinha também, que eles
chamavam em alemão Gustavhaus , que era lá no ... onde é a fábrica de bolachas, a
Lucinda, lá pra aquela zona (...). A gente ia lá, daí a gente plantava... era uma casa lá. A
gente plantava, depois eles davam almoço, ainda me lembro do almoço, era feijão, lingüiça,
[risos] ... muito bom!
RS – Por que, em que ocasião?
I – Não sei porque, acho que pra ensinar a plantar, ou... ter amor à terra, sei lá.
RS – E quem ia, só os alunos mais velhos?
I – É. Só os últimos anos. Mas isso era poucas vezes, eu acho que a gente só foi uma vez,
não sei...

http://dspace.c3sl.ufpr.br:8080/dspace/handle/1884/8017

A Escola Alemã - imagens




A Escola Alemã

A preocupação com a educação de crianças, filhos de membros da Comunidade Evangélica Luterana de Curitiba, entidade do Colégio MARTINUS, remontam ao ano de 1866, quando o Pastor Johann Friedrich Gaertener criou a "Gemeinde Schule" (Escola da Comunidade).
Em 1884 esta Escola foi transformada em uma sociedade escolar, a Escola Alemã, porém, mantida ainda pela Comunidade Evangélica Luterana de Curitiba, até 1898.
Em 1917 a Escola Alemã passou a chamar-se Colégio Progresso, o qual iniciou, em 1933, o funcionamento do curso ginasial, sendo a primeira Escola Alemã no Brasil a conseguir tal autorização do Governo Federal.
Em 1943 dissolveu-se a sociedade do Colégio, passando seu patrimônio à Faculdade de Medicina do Paraná, que o manteve em funcionamento até 1949. As atividades escolares da Comunidade Evangélica Luterana de Curitiba, interrompidas em 1898, tiveram reinício em 1914 com o funcionamento de um Jardim de Infância junto à Igreja da Rua Inácio Lustosa, o qual passou, em 1953, à jurisdição da Escola Evangélica de Curitiba, depois transformada em curso primário do Colégio MARTINUS.
Igreja do Cristo Redentor em 1915



Pastor Heinz Soboll

No terreno atual Colégio MARTINUS a Comunidade fez funcionar mais um Jardim de Infância, em 1928, o qual, no entanto, cessou suas atividades no início da 2ª Guerra Mundial, em agosto de 1940, esse Jardim de Infância reiniciou suas atividades, sob a iniciativa do Pastor Heinz Soboll.

Sob a direção do mesmo Pastor, iniciaram-se, a 2 de fevereiro de 1948, as atividades do Curso Primário, com denominação de Escola Evangélica de Curitiba, e, em 1952, as do Curso científico, constituindo-se o Colégio MARTINUS.





Colégio Progresso, localiza-se
onde é hoje a Praça 19 de Dezembro

Em 1980, passa a funcionar o Colégio MARTINUS Subsede, no bairro Portão, qual iniciou as suas atividades nas dependências da Comunidade Nova Esperança. Em 1991 inaugurou suas novas instalações, as quais foram ampliadas em 1999.

Em 1998 foi criado o instituto MARTINUS de Educação e Cultura, dando início ao Ensino superior, através das Faculdades Luteranas.



Algumas curiosidades:

- Ao lado da praça 19 de dezembro,com a frente para a rua barão do serro azul,dando fundos para a rua riachuelo para a Rua Riachuelo, ficava a Escola Alemã/Colégio Progresso, popularmente conhecida como Deutsche Schule e considerada, no decênio de 1930, a mais antiga escola de Curitiba.

- Na escola alemã era tudo em alemão..quando virou progreso depois da guerra ..ja se utilizou a língua portuguesa

- Oito anos ofertados pela Escola Alemã correspondiam a uma escola média na Alemanha e nem todas as séries eram reconhecidas pela legislação brasileira, mas tão somente os quatro primeiros anos, correspondentes ao "ensino primário", atualmente as quatro primeiras séries do ensino fundamental. Quem cursasse as outras quatro séries, durante o período da manhã, não teria o direito de obter um diploma de conclusão do "curso ginasial", - ou seja, as atuais 5ª a 8ª séries - teria de fazer o exame preparatório, no caso de aprovação, poderia ingressar no curso ginasial autorizado pelo Governo Federal. Aquele que a documentação se referia como "o curso ginasial do Colégio Progresso", também era mantido pela mesma Sociedade Escolar, funcionava no mesmo local, em horário diferente, e o ensino era todo ministrado no idioma pátrio, o português.

- Deutsche Schule(escola alemã) - quando se referia ao período matutino, e chamada de ginásio, quando se tratava do período vespertino.

- Livros das séries iniciais da Escola Alemã eram impressos em alemão gótico

- Na Curitiba da década de 1930, meninos e meninas de ascendência germânica, em sua maioria, eram matriculados nas escolas particulares fundadas por indivíduos pertencentes à chamada colônia alemã, escolhidas por seus pais segundo as confissões religiosas a que pertenciam. Os evangélico-luteranos davam preferência ao ensino ofertado pela Escola Alemã/Colégio Progresso, a qual muitos haviam freqüentado, bem como alguns de seus pais e, quiçá, seus avós.

-A escola possuia aula aos sábados,aulas ministradas das 8:00 ao 12:00,mesmo horário da semana

- Alguns professores:

Diretor -Prof. Scheil
Ciências - Prof. Stölzer
Trabalhos Manuais - Profª. Rieckes
Português - Profª. Florentina Macedo
Música - Prof. Staude

- Sócios fundadores: Augusto Gaertner, Gottfried Mettler, Eduardo Senff,Paulo Issberner, Franz Jonhscher, Emil Prohmann, W Escholz, Gustavo Tenius,Gottlieb Muller, P. Boecker.

- Na década de 1930, o edifício possuía dois pavimentos e um amplo sótão,dando a impressão de um terceiro piso, numa observação menos atenta. Todas as paredes externas receberam frisos horizontais contornando o perímetro da construção. As seis janelas do segundo piso tinham as padieiras retas guarnecidas de cornijas curvas, as do térreo eram em volta batida, emolduradas por cornijas retas. As paredes laterais, mais estreitas, eram recortadas por quatro janelas em cada piso e terminavam em um frontão com três janelas sem adornos.

O acesso à entrada principal era feito pela Rua Barão do Serro Azul. Subiam-se sete degraus e alcançava-se o alpendre cujos pilares recebiam os esforços solicitados pela sacada existente no segundo patamar. Sobre esta, uma mansarda cuja janela também proporcionava a entrada de luz e ar para o sótão. Em frente ao prédio, a escada e os espaços livres do jardim acolhiam os alunos e os visitantes.

Na parte lateral norte, voltada para a Rua Inácio Lustosa, ficavam os sanitários femininos e, no lado sul, junto à Praça Dezenove de Dezembro, os masculinos. Deste lado, ao longo do tempo, foram colocadas algumas barras paralelas para as práticas de ginástica masculina e foi construída uma área coberta.Nos fundos, com vistas para a Rua Riachuelo, havia um pequeno portão utilizado pelos alunos.

As salas de aula, em número de oito, eram divididas entre os dois pavimentos e suas amplas janelas forneciam a rápida circulação do ar, conforme as prescrições higienistas. À frente, o quadro-negro e a mesa do professor sobre o estrado -símbolo da autoridade - e, em oposição a este ficavam os alunos, como espectadores passivos. As carteiras, duplas e fixas, possuíam em seu tampo um orifício especial para o tinteiro e uma caneleta onde pousava a caneta de pena chanfrada. Objetivando civilizar e moralizar, dentro das salas, cada um ocupava seu lugar, geralmente determinado pelo professor regente, evitando deslocamentos e propiciando a concentração. Considerada mista nas estatísticas, por aceitar alunos dos dois gêneros, sua proposta era a de co-educação, mas dividia seu espaço, interna e externamente, impedindo que meninos e meninas sentassem juntos nas salas de aula ou participassem de brincadeiras conjuntas, à hora do recreio.

Os rearranjos do espaço interno ocorriam em resposta às necessidades. A construção de uma nova sede fazia parte dos planos da escola, suas condições financeiras, porém, não haviam permitido a concretização do empreendimento. A solução encontrada foi alugar uma edificação localizada defronte ao colégio, do outro lado da Rua Barão do Serro Azul, no ano de 1936. O prédio também não mais existe e sua localização/ocupação é indicada pelos ex-alunos: "vindo do Centro Cívico, atravessando a Inácio Lustosa, duas casas depois."

Historia da Escola Tecnica

A história da Escola Técnica da UFPR é ainda mais antiga que a da Universidade mais antiga do Brasil - a UFPR - fundada em 1912 com o nome de Universidade do Paraná. Tendo como primeiros cursos: direito, odontologia, engenharia, farmácia e medicina. A UFPR funcionou como Faculdades isoladas até 1946 e foi federalizada em 1950, passando a ser uma instituição pública e a oferecer ensino gratuito.

A Escola Técnica da Universidade Federal do Paraná, foi criada em 1869 e pertencia à antiga Colônia Alemã de Curitiba; seus fundadores Gottlieb Mueller e Augusto Gaertner eram sócios do Verien Deutsche Shule. Até 1914, o estabelecimento chamou-se Escola Alemã, depois Colégio Progresso.


Em 1941, a então Academia Comercial Progresso, foi adquirida pela Faculdade de Direito da Universidade Federal do Paraná, sendo autorizada a funcionar sob a denominação Escola Técnica de Comércio anexa à Faculdade de Direito da Universidade Federal do Paraná.

Em 22 de janeiro de 1974, o Conselho Universitário decidiu integrá-la a UFPR como órgão suplementar e a partir de 1986, ela passou a ser denominada Escola Técnica de Comércio da Universidade Federal do Paraná.

A partir de 14 de dezembro de 1990, ao aprovar a reorganização administrativa da UFPR, o Conselho Universitário alterou a sua denominação para Escola Técnica da Universidade Federal do Paraná, vinculando-a à Pró-Reitoria de Graduação e em novembro de 1997, por decisão deste mesmo conselho foi classificada como unidade da UFPR.

quinta-feira, 5 de junho de 2008

EVOLUÇAO TECNOLOGICA: BENEFICIOS E MALEFICIOS

Não podemos negar que a evolução tecnológica facilitou muito a vida de todos, mas também afastou todos de hábitos saudáveis, como ler e caminhar em parques, por exemplo.

A criação ou aperfeiçoamento de algo, sempre teve e têm um lado bom e um ruim. Por exemplo, o avião, que foi criado para diminuir op tempo necessario para cruzar distancias maiores, porém, acabou sendo usado na guerra e Santos Dummont, seu criador, cometeu suicídio por ver que sua criaçao estava sendo usada para matar milhares de pessoas. O mesmo ocorreu com a criação de Alfred Nobel, a dinamite, criada para facilitar grandes construções, porém, também acabou sendo usada para guerras.

Atualmente, temos na televisão e no computador grandes exemplos de como uma criação pode tanto trazer muitos benefícios e ao mesmo tempo, malefícios. Sim, a televisão e o computador são uma importante fonte de informações de uma forma mais rápida, porém, também trazem muitas coisas ruins, quantas vezes já foram mostradas noticias de que estão usando a internet para marcar brigas, para pedofilia, pirataria, etc.? Quantas vezes as pessoas preferem ficar em frente da TV ou de um computador a ler um livro, estudar, ir caminhar, sair ou até mesmo dormir?

É claro que a evolução tecnológica é inevitável e indispensável, mas este último é apenas porque nós acabamos nos tornando dependentes dela. Afinal, antigamente não havia essas inovações e as pessoas dava um jeito, mesmo mais demorado para quase tudo. E, além disso, com habitos como caminhar, as pessoas levavam uma vida mais saudavel, mesmo levando em conta um maior numero de mortes devido ao fato de que muitas doenças não tinham sua cura ou prevençao descobertas na época.

sábado, 10 de maio de 2008

Evoluçao da Televisao


AT&T em 1927


Em 1927, a AT&T, atual gigante da telefonia americana, fez os primeiros testes para transmissão de conteúdo de TV em Nova York. A transmissão foi restrita, já que não havia aparelhos suficientes para a recepção.


Preto e branco em 1939

Durante um evento na mesma cidade em 1939, a RCA apresentou o primeiro modelo norte-americano de TV monocromática. Doze anos depois, foi a vez da Philips (foto) e, em 1953, veio o modelo da Sharp.

RCA colorida em 1954

A RCA, em 1954, apresentou o primeiro modelo de TV colorida vendido para usuários domésticos - a AT&T já fazia testes com o sistema desde 1928. A CT100 tinha a aparência de um móvel e custava cerca de 1.000 dólares.

Philips colorida em 1964

A televisão colorida da Philips, mostrada 10 anos após o modelo da RCA, tinha um visual mais moderno, com caixa de som na parte inferior, servindo de apoio para a tela de 17 polegadas.




Philco TPF2922

Evolução natural dos modelos apresentados na década de 60, TVs como a TPF2922, da Philco, representam a tecnologia mais usada atualmente no Brasil - a CRT (ou populares "TVs de tubo"). Tem 29 polegadas e tela plana.

BenQ H200

Com a introdução do PC como eletrodoméstico, a BenQ apresentou o H200, que utiliza a tecnologia LCD e pode ser usado como um monitor ou uma televisão de 20 polegadas, com suporte aos padrões NTSC, PAL e SECAM.


Sony KFE42A10

Outra tecnologia presente nas chamadas "TVs do futuro" é a de retroprojeção, como a KFE42A10, da Sony. Capaz de atingir resolução de 1.280 x 720 ppp, o aparelho tem também entrada para PC e suporta TV de alta definição (HDTV).

Gradiente PLT-4230

Candidata a substituir o CRT, televisores de plasmas, como o PLT-4230, da Gradiente, se destacam pela ótima resolução alcançada. O aparelho de 42 polegadas tem apenas oito centímetros de profundidade.

A gigante da Panasonic

Durante a CES, em janeiro, a Panasonic saiu na frente a apresentou o maior televisor do mundo. O protótipo tem 103 polegadas (ou 2,6 metros) diagonais e usa a tecnologia de plasma para atingir resolução de 1.920 x 1.080 ppp.